sexta-feira, 29 de julho de 2011

O Adeus a uma guerreira

O dia de hoje amanheceu mais triste e o céu mais feliz.

Triste porque foi levado de nosso meio um anjo guerreiro

Um anjo cheio de sorrisos e covinhas que gostava de ajudar a quem dela precisava

Tinha a missão de ser colaboradora de Deus. Uma antena de Deus em nosso meio,

Sua missão de evangelizar foi feita com carinho e amor

Seu sorriso marca registrada, Nunca a vimos triste.

Se estava triste sorria, se estava alegre sorria também.

Em seus atos, tanto amor, tanto carinho

Sempre uma palavra amiga, um cartão, uma mensagem.

E durante a manhã de hoje, num momento sublime

Um bater de asas, uma revoada de anjos

Levou aos céus um anjo guerreiro

Colaborador de Deus

E o céu ficou mais alegre com a chegada desse anjo guerreiro

Que de hoje em diante velará por todos nós

Que aqui ficamos.

Sentiremos saudades suas, mas em cada oração que fizermos

Cada sorriso que receberemos

Estará presente o teu sorriso, o teu carinho, o teu amor.

Vá com Deus anjo guerreiro. E que os céus se alegrem com a tua chegada!

Que a Virgem Maria te acolha, que Nossa Senhora Aparecida te cubra com seu manto azul e a Luz de Deus seja um farol no seu caminho para a vida eterna.


A você, catequista Marcia, que Deus a chamou pra seu convívio no Reino do Céu, a nossa homenagem.

Coordenação de Catequese da Paróquia Nossa senhora da Lapa.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Travesseiro de Pedra

Amanhece...
O sol com seus raios poderosos
Doura as primeiras horas da manhã,
Vence a escuridão noturna,
Revela tudo que ficou escondido
Por detrás do véu negro da noite.
Vê-se o belo e o feio,
O triste e o alegre,
O agraciado e o desgraçado.
Alguns abrem as janelas exuberantes de suas casas grandes,
Outros destravam as tramelas de suas janelas de caixa de sabão.
Outros se espreguiçam em suas sacadas
Enquanto alguns desfazem suas camas da calçada...
A vida continua seu curso carregando com ela
Tudo o que vê pela frente.
Leva gente contente com a vida que leva,
Leva gente triste querendo ser gente.
As aves do céu fazem seus ninhos
Nos telhados das casas da rua
Pois faltam árvores pra elas se abrigarem,
Os homens fazem casas embaixo das pontes,
Pois já não há casa onde ficar,
Já não tem o pão nosso de cada dia
Nem um emprego para o seu sustento tirar.
Dormem ao relento com esposas e filhos,
Comem da mão que deixa a esmola cair.
Seus sonhos são poucos, ou sonhar já não ousam,
Vivem a esmo aqui e ali.
São como os pombos do centro da cidade,
Vagam pelas ruas catando comida,
De bico aberto esperando as migalhas caírem,
E quando chega a noite partem em revoada,
Pro teto do mercado para dormir.
O homem não pode seguir o pombo,
Fica no chão sem proteção,
Procura abrigo embaixo das pontes,
Atrás de um travesseiro de pedra para dormir.



Vanilda
20/06/06.